O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é pior avaliado que a gestão Bolsonaro nos critérios inflação e segurança pública, apontam dados da pesquisa Datafolha divulgados nesta sexta-feira. Questionados sobre o desempenho do petista em ambos os assuntos, 50% responderam que ele é pior ou muito pior que seu antecessor no controle dos preços, enquanto 46% afirmaram o mesmo sobre o combate à violência. O cenário se inverte diante dos temas educação e geração de empregos.
Puxada pela percepção de alta no preço dos alimentos, a avaliação negativa de Lula no quesito inflação supera os 29% que acreditam que ele é melhor ou muito melhor que Bolsonaro e os 17% que afirmaram que o desempenho dois é igual. Outros 4% não souberam responder.
O levantamento também sugere que o petista tem uma avaliação um pouco menos ruim entre os mais pobres, que recebem até dois salários m[mínimos. No critério controle dos preços, 43% acham que ele vai pior que Bolsonaro, ante 33% que acham que o petista é melhor e 20% que apontam igualdade. O desempenho de Lula, no entanto, volta a piorar quando são considerados segmentos de maior renda, chegando a ser considerado pior que o do ex-presidente por 68% dos entrevistados entre aqueles que recebem mais de dez salários mínimos.
Já em assuntos relacionados ao combate da violência, Lula é avaliado como pior que adversário por 46%, ante 29% que o veem melhor e 22% que acreditam que eles são equivalentes. Para mudar esse cenário, o governo tem apostado na PEC da Segurança Pública, apresentado em abril ao Congresso pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Há receio da base petista, no entanto, que o texto caia nas mãos da oposição, que passaria a controlar a narrativa.
A situação melhora para Lula quando passa a ser considerado o tema educação, critério no qual 42% dos entrevistados acreditam que ele vai melhor que Bolsonaro, enquanto 38% acreditam no contrário. Os percentuais configuram um empate técnico, uma vez que a diferença corresponde à margem de erro de dois pontos percentuais. Outros 18% veem a atuação dos dois como igual.