Brasília,

Denuncia de suposta tentativa de propina pode cassar vereador do MDB de Santana do Ipanema

Decisão que pode acontecer a qualquer momento tem deixado vários vereadores apreensivos

Por: Por, Redação

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E uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), já em fase conclusa na 50ª Zona Eleitoral de Maravilha, Sertão de Alagoas, pode mudar a atual composição da Câmara de Vereadores de Santana do Ipanema.

A AIJE avalia a possível cassação do registro de candidatura e anulação dos votos do vereador Elielson Motorista (MDB), eleito em 2024 com 1.051 votos.

Consta na denúncia que o caso envolve o ex-vereador Afonso Gaia, que inicialmente concorria à Câmara Municipal pelo Partido Progressistas (PP), mas que renunciou à candidatura semanas antes do pleito.

Afonso Gaia apoiava o candidato a prefeito Edson Magalhães (PP), que teria se surpreendido com a decisão do correligionário que declarou apoio na época o vereador Moacir Júnior (MDB), o “Júnior do Detran”, que perdeu a eleição e integrava o grupo da família Bulhões, rivais políticos de Edson.

A renúncia da candidatura de Afonso, que foi tratada como um duro golpe na candidatura do candidato da oposição, ganhou contornos ainda mais graves após a divulgação de uma suposta tentativa de suborno envolvendo a candidata a vereadora Taciane André Amorim (PP). Taciana denunciou que Afonso Gaia teria oferecido R$ 10 mil para que ela também renunciasse à candidatura, comprometendo a cota mínima de mulheres exigida por lei nas chapas proporcionais. Taciana recusou a proposta e encaminhou a denúncia aos advogados da coligação, incluindo na denúncia um áudio que comprova a oferta da propina.

Nomes de outros políticos santanenses, que também teriam participado da trama,  são citados na AIJE.

Após a decisão do juiz, o processo segue para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que irá julgar o caso.

Oficialmente, ainda não se sabe se além da cassação do vereador eleito, também será pedido a cassação de toda a chapa do MDB ou, – o mais provável – dos políticos citados na Ação que estão na suplência. Porém, em qualquer uma das decisões abre-se brecha para vereadores não eleitos, de outros partidos, assumirem a cadeira que deverá ficar vaga.