Alvo de diversas denuncias e ações do Ministério Público, o prefeito Josimar Dionísio (MDB), o “Jó”, do município de Olivença, no Sertão de Alagoas, volta a ser denunciado por servidores não efetivos do município.
Na manhã desta quinta-feira (26), durante o programa “Liberdade de Expressão”, apresentado na Rádio Milênio FM, uma funcionária não concursada denunciou o atraso dos salários dela, do filho e de outras não efetivos.
Ouça a denúncia da funcionária em entrevista a Rádio Milênio▼
A ouvinte, de nome Tânia e que trabalha duas vezes por semana na limpeza do Mercado da Carne, disse que sem nenhuma explicação a prefeitura tem atrasado o pagamento dos salário, no valor de R$ 400/mês.
Ela também denunciou que a administração municipal não repassa para quem faz a limpeza os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e quem quiser usar é obrigado a comprar com o próprio salário.
Em meio as irregularidades denunciadas, a funcionária também afirmou que em Olivença existem servidores efetivos que recebem salário de R$ 600/mês.
No início deste ano, após diversas reportagens, em vários meios de comunicação, divulgarem que o Ministério Público investigava denúncias contra a gestão municipal, a defesa do prefeito Josimar Dionísio, se utilizando de direito de resposta, desmentiu que o órgão de fiscalização estivesse apurando algum fato envolvendo a gestão.
Todavia, a prefeitura e o prefeito são sim alvos de investigações do MP, como pode-se constatar no Inquérito Civil nº 06.2022.00000129-2, que investigou o suposto crime eleitoral com dinheiro público, usado para pintar as sedes de órgãos municipais e veículos da frota da Prefeitura com as cores do partido político do prefeito antes das eleições do ano passado. Outra denuncia chegada ao MP é sobre a suposta “compra de votos” em comunidades rurais, onde teria havido a promessa de se colocar a encanação de água para alguns sítios e povoados se os moradores votassem no atual prefeito.
Já na Polícia Federal é investigada a denúncia formalizada por um ex-vereador de Olivença, que afirma que por “ordem do prefeito Jó”, o irmão do gestor, o vereador e ex-presidente da Câmara, Genival Dionísio Barbosa Neto, o “Valzinho do Jeci”, pagava propinas para nenhum vereador ser oposição.