Brasília,

Alagoas registra alta no número de homicídios entre janeiro a abril, informa Ministério da Justiça

Números entre janeiro e abril são os mais recentes na base de dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública e foram enviados pelos 26 estados e DF

Por: Arthur Stabile, g1

Investigações da polícia indicam que matador pretendia matar jovem que bebia com o idoso

O Brasil registrou queda de 11% nas mortes violentas durante os quatro primeiros meses de 2025: foram 11.886 casos de janeiro a abril (dado mais recente disponível), contra 13.387 no mesmo período de 2024. Os números estão na base de dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Este resultado indica para uma tendência de redução nas mortes violentas, pois a queda ocorre de forma sequencial desde 2020. Naquele ano, o Brasil teve 16.531 mortes violentas de janeiro a abril – queda acumulada de 28% em cinco anos.

Os dados foram registrados oficialmente pelos governos dos 26 estados e do Distrito Federal e enviados ao governo federal, que compila as informações no Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

São consideradas mortes violentas os casos de: homicídio, feminicídio, latrocínio e lesões corporais seguidas de morte.

Ao todo, 23 estados registraram queda nas mortes violentas e dois tiveram alta: Distrito Federal (21%) e Rio de Janeiro (6%). Mato Grosso do Sul (1%) e Minas Gerais (0%) apresentaram pequenas variações de alta nos números absolutos.

As mortes cometidas por policiais e as mortes de agentes de segurança pública são contadas de forma separada do total de mortes violentas (veja abaixo).

O Rio de Janeiro é o único estado a apresentar alta nos três indicadores (mortes violentas, mortes causadas por policiais e mortes de agentes de segurança).

Variação em mortes cometidas por policiais

As mortes cometidas por policiais em todo o país apresentaram queda de 2,5% de 2024 para 2025: saíram de 2.197 para 2.142, redução absoluta de 55 casos. O número é o menor desde 2022, quando 2.116 pessoas morreram em ações policiais.

Ao todo, 11 estados apresentaram alta nos números de janeiro a abril:

  • DF: 2 para 6 casos;
  • PR: 69 para 147;
  • RN: 29 para 46;
  • MA: 31 para 45;
  • AP: 46 para 66;
  • PE: 17 para 25;
  • RJ: 212 para 285;
  • AL: 25 para 32;
  • AM: 16 para 20;
  • SC: 33 para 37;
  • RO: 0 para 15.

Outros 16 estados registraram queda nas mortes:

  • RR: de 5 para 0;
  • PI: 8 para 4;
  • AC: 2 para 1;
  • TO: 13 para 7;
  • RS: 49 para 32;
  • MT: 67 para 47;
  • GO: 164 para 122;
  • PB: 21 para 17;
  • MG: 70 para 59;
  • BA: 609 para 516;
  • SE: 68 para 60;
  • SP: 263 para 233;
  • ES: 30 para 27;
  • MS: 32 para 30;
  • CE: 63 para 62;
  • PA: 205 para 203.

A menor quantidade de pessoas mortas por policiais entre janeiro e abril ocorreu em 2015, primeiro ano do levantamento: foram 842 mortes no país. O aumento é 154% em dez anos.

Mortes de agentes de segurança

Os dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam pequena oscilação nas mortes de agentes de segurança pública mortos de forma violenta: de 70, em 2024, para 71, em 2025.

Dois estados registraram alta nos números: RJ, que subiu de 18 para 37 (alta de 106%), e PB, com aumento de 1 para 2 casos (100%).

Ao todo, 10 estados e o DF registraram queda nas mortes de agentes no começo do ano: BA, CE, DF, MG, MT, PA, PE, PR, RR, SE e SP. Outros cinco mantiveram a quantidade de mortes: GO, MA, PI, RN e TO.

E 9 estados não tiveram nenhuma morte de agentes de segurança pública: AC, AL, AM, AP, ES, MS, RO, RS e SC.

O Rio de Janeiro registrou o dobro de mortes de policiais, bombeiros, agentes penitenciários e demais servidores da segurança: subiu de 18 para 37 e representa 52% de todos os casos no país neste início de ano.

Ao comparar os outros 25 estados e o DF, houve queda de 35%: de 52 mortes, em 2024, para 34, em 2025.

É a primeira vez que o estado impacta de tal maneira nas estatísticas nacionais, segundo os dados compilados desde 2017. De janeiro a abril de 2024, o Rio teve 18 das 70 mortes de profissionais da segurança, ou 26% do total.

De acordo com o histórico, o maior percentual representado pelo Rio ocorreu em 2023, quando teve 39% das mortes de agentes de segurança: foram 27 das 70 ocorridas em todo o Brasil.